Alagoas é o
estado brasileiro que possui a maior diversificação em folguedos. Possuímos
quatorze folguedos natalinos, dois folguedos de festas religiosas, quatro
folguedos carnavalescos, quatro folguedos carnavalescos com estrutura simples,
dois torés e três danças, totalizando vinte e nove folguedos e danças
alagoanas.
O que
diferencia o folguedo da dança "é o sentido de representação, ausente na
dança e presente nos folguedos", segundo o folclorista Roberto Câmara
Benjamim.Conheça aqui alguns dos nossos principais folguedos e danças.
Coco Alagoano: Dança típica de Alagoas, de origem africana, que se espalhou por todo o Nordeste recebendo nomes e formas de coreografias diferentes. A dança é cantada e acompanhada pela batida dos pés ou pela vibração do patear dos cavalos. O mestre ou o tocador de coco entoa as cantigas cujo refrão é respondido pelos cantadores.
Bumba Meu Boi: Auto popular de temática pastoril que tem na figura do boi o personagem
principal. Aparece em todo o Brasil com nomes parecidos. Em Alagoas a
apresentação do bumba é semelhante a um teatro de revistas, com desfiles de
bichos ao som de cantigas entoadas por cantadores do conjunto musical que faz o
acompanhamento.
Antigamente formado entre 50 e 64 figurantes, hoje varia entre 25 e 35, o Guerreiro é um grupo de dançadores e cantadores, surgido entre 1927 e 1929, pelo sincretismo do reisado alagoano junto ao desaparecido Cabocolinho, e ainda com subsídios temáticos das Cheganças, Pastoris e o Bumba-meu-boi. Comportando também o maior número de figurantes e episódios, tendo mais riqueza em seus trajes e na música, muitos estudiosos do Folclore, costumam dizer se tratar de um "Reisado Moderno", podendo ele, o Guerreio substituir ambos, Cabocolinho e Reisado, tornando-se assim, um único folguedo.
Pastoril: É o mais conhecido e difundido folguedo de Alagoas. É uma fragmentação do presépio, sem os textos declamados e sem diálogos, constituídos apenas por jornadas soltas, canções e danças religiosas ou profanas de épocas e estilos variados.
Como os presépios, origina se de autos portugueses antigos, guardando a estrutura dos Noéis de Provença(França)
Folguedos Natalinos: Ao apagar das fogueiras juninas, inicia-se o período de ensaios paraos vários folguedos natalinos. Em diversas regiões do Estado de Alagoas,aos sábados e domingos, reúnem-se mestres, tocadores, ensaiadores ebrincantes para os ensaios desses grupos, geralmente realizados ao ladode bodegas, onde o proprietário consegue recursos para o traje dabrincadeira.
Folguedos Carrnavalescos: Com o encerramento dos festejos natalinos, em 6 de janeiro, nas diversas cidades interioranas, principalmente na zona norte do Estado, encontramos as mais diversas manifestações de festejos carnavalescos, como seja: cambindas, samba-de-matuto, maracatu, caboclinhas, etc. Essas manifestações são resíduos de importantes folguedos natalinos alagoanos, em alguns casos, havendo transposição direta, como é o boi-de-carnaval, erroneamente chamado bumba-meu-boi, que foi extraído diretamente dos entremeios dos guerreiros e reisados. Folguedos carnavalescos foram amplamente estudados pelo folclorista José Maria Tenório Rocha. Os Folguedos Carnavalescos são:
A
Cobra Jararaca
Boi de Carnaval
Caboclinhas
Cambindas
Gigantões (Bonecas)
Negras da Costa
Samba-de-Matuto
Ursos de Carnaval
As Rodas de Adultos em Alagoas são originarias de danças rurais portuguesas e européias.
Personagens- Mestres ou tirados de cantigas e tocadores.
Vestimenta- Roupa comum
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