A dança
gaúcha teve influência nitidamente européia e diverge muito das
demais praticadas no restante do Brasil.
A
principal influência foi a dos portugueses, que trouxeram o seu modo
alegre e expansivo de dançar. Os gaúchos trocaram os famoso tamancos
do folclore português, por botas e sapatos adaptados por causa do
clima frio.
A tirana,
foi contribuição espanhola para os gaúchos. Esse tipo de dança é
muito usada em rodeios que cada vez mais tornam-se populares no
Brasil.
Os
gaúchos a partir de 1835 organizaram o Movimento tradicionalista,
atualmente existente em todos os recantos dos Estados Sulinos, onde
mantém vivo as danças gaúchas, principalmente as que remontam a
época da Farroupilha.
TIPOS DE
DANÇAS
Anú:
Dança típica do fandango gaúcho. Divide-se uma para ser cantada e
outra para ser sapateada. Dança de pares soltos mas não
independentes, é grave e viva ao mesmo tempo. Na parte cantada é
cerimoniosa e na sapateada realiza as evoluções bastante marcantes.
Tirana do
lenço: Dança espanhola muito difundida na América Latina, na qual os
dançarinos são pares soltos que entre passeios e sapateios dos
homens e sarandeios das mulheres, agitam pequenos lenços na
indicação de uma conquista entre o homem e a mulher.
Tatu de
Castanholas: Música folclórica gaúcha, cuja coreografia foi criada
posteriormente utilizando –se de sapateios já existentes em outras
danças, mas que adquiriram uma forma especial quando os pares soltos
alternam os sapateios e evoluções chamadas passeios.
Pezinho: originária de Portugal e Açores é vivas e alegre , com características de ingenuidade. Ë a mais conhecida dança do folclore gaúcho, onde os dançarinos apresentam duas partes: na primeira há uma marcação dos pés e na Segunda os pares giram em torno de si próprios, tomados pelo braço.
Cana-verde: Originária de Portugal, se tornou popular em vários estados brasileiros e adquiriu formas locais em cada região, produzindo variantes da dança origem. Os pares postam-se frente - a - frente, executam a marcação de passos para os lados e após, tomados pelo braço, giram em torno de si mesmos. Num segundo momento fazem o mesmo com os demais dançarinos trocando de pares em evoluções através do círculo formado pelos pares.
Roseira: Uma das danças regionais sul-rio-grandenses onde se percebe maior parentesco com danças regionais de Portugal. Coreografia muito rica onde os pares dançam soltos, outras de mãos dadas em ritmo rápido, outras há a execução de um namoro com gestos lentos e delicados e uma última onde, através de evoluções os homens e mulheres trocam com todos os outros pares da roda até reencontrar seu par original.
Balaio: Dança folclórica brasileira originaria do nordeste, mas bastante popular no Rio Grande do Sul. Trata-se de uma dança de sapateada e, ao mesmo tempo, de conjunto. Além do sapateio destaca-se a formação de rodas que giram.
Chote de carreirinha: Dança folclórica gaúcha originária do schottinh trazido pelos imigrantes alemães. Na primeira parte da dança, os pares desenvolvem uma pequena corrida compassada, o que deu razão ao nome da dança: carreirinha.
Chote de
duas damas: Não se sabe ao certo como surgiu esta modalidade
coreográfica excepcional entre os gaúchos, pois os homens dançam com
duas mulheres ao mesmo tempo. Pode ser influência Platina ou
imigração alemã, numa das antigas danças germânicas desse gênero.
Chula: De origem polêmica possivelmente desenvolvida no Rio Grande do Sul no século XIX. Caracteriza-se pela agilidade do sapateio dos peões, em disputas, sapateando sobre uma lança estendida no salão. Citada como espécie de jogo típico dos gaúchos. Dois dançarinos ficam frente a frente tendo entre si uma lança de quatro metros de comprimento. Um dos oponentes executava uma seqüência de difíceis passos coreográficos indo até a extremidade oposta e voltando ao seu lugar de origem. Ao segundo oponente cabia, repetir o passo do primeiro e fazer um mais difícil, ao que seu procedente deveria proceder da mesma forma. Perdia a disputa aquele que saísse do ritmo, errasse o passo ou chutasse a lança.
Dança dos
Facões: Dança folclórica gaúcha apresentada somente por homens. O
elemento coreográfico principal é o facão, instrumento de trabalho
que foi e ainda é usado como espada. Destaca-se a importância da
coordenação de movimentos e verossimilhança de ataques e defesa.
Chimarrita: : Dança que os colonos açorianos trouxeram para o sul do Brasil no final do século XVIII. Do Rio Grande do Sul, a dança passou para outros estados brasileiros onde foi adotando diferentes estilos coreográficos. No seu estilo tradicional a Chimarrita é dança de pares em fileiras opostas. As fileiras se cruzam, se afastam em direções contrárias e tornam a se aproximar, lembrando as evoluções de certas danças tipicamente portuguesas.
Malambo: É como a chula, uma dança de desafio executado apenas por homens, proveniente de nossos irmãos gaúchos platinos. Existe diversos tipos de malambo, os mais conhecidos são o Norteño, com passos curtos e música dividida em quatro compassos musicais e o Sudeño, com passos alternados e mais longos e outros tão breve quanto os do Norteño. Sua origem atribuiu-se à tentativa dos campeiros de imitarem na dança o ruído do bater dos cascos dos cavalo no chão
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